Na manha desta quinta-feira, 11, o ex-governador e deputado federal, Carlos Gaguim (PMDB), acionou a sua “metralhadora giratória” em direção de Carlos Amastha (PSB) em entrevista ao programa Tribuna do Povo, conduzido pelo apresentador Zé Manoel.
Gaguim começou citando o caso do descredenciamento Eadcon, que segundo ele chegou a ser denunciado pela senadora Kátia Abreu. Falou também sobre aumentos de impostos de taxas, suposta queda no índice de aprovação do governo de Amastha, criticou o dinheiro investido nos jogos indígenas, dentre outros assunto polêmicos.
“ Respeito todas as etnias, os nosso povos indígenas, mas eu acho que se tem que fazer é o trabalho de levar para as aldeias saúde, Posto de Saúde, ônibus, dar mecanismos para que eles possam sobreviver e manter a sua cultura e não fazer jogos indígenas e gastar R$ 70 milhões. Estão se gastando um fortuna nestes jogos indígenas”, disse Gaguim.
Confira alguns dos principais pontos da entrevista:
Eadcon
“É de se estranhar, pois quando eu era governador, para ele, eu era o melhor administrador. Época em que ele era dono da Eadcon que atuava no Ensino a Distância e que foi descredenciada pelo MEC e tinha mais de 45 mil no Brasil e no Tocantins sem o credenciamento. Estive em Brasília junto ao ministro, da época, Fernando Haddad, me implorando e usando as minhas forças de governador para que credenciasse. Fiz isso pelos estudantes do Tocantins e o próprio Haddad disse que este cidadão (Amastha) estava fazendo um rolo. Na mesma época a ministra Kátia Abreu denunciou os rolos que estavam fazendo da Eadcon. Eu implorei fui no presidente Lula e tive que ir em Brasília, pelo menos, umas 20 vezes não pelo Carlos Amastha, mas para os estudantes que passaram quatro anos e não tinham como pegar os seus diplomas e ia acabar e o prejuízo era mais de R$ 200 milhões para o Estado”.
Apoio do PMDB e da ministra Kátia Abreu
“Com esta declaração de que ele não votaria na minha candidatura é porque ele sabe que o meu nome foi colocado como pré-candidato do PMDB, que tem o apoio do PMDB, da Executiva Nacional do PMDB em Brasília. Tem o apoio da ministra Kátia Abreu que ela combinou o apoio a nós e essa questão do PSD está bem clara nas entrevistas do deputado Irajá, pois trata-se de uma composição administrativa, pois ele andava xingando a ministra para cima e para baixo e também o Marcelo Miranda.
Cidade cara
“Palmas hoje é a cidade mais cara do mundo e não foi feita para isso. Ele chegou ontem, mas até o que chegou hoje tem que ser respeitado, mas ele tem que se dá o respeito porque quem ajudou o Carlos Amastha a ser prefeito foi o Gaguim. Teve um dia que ele ajoelhou aos meus pés pedindo “Gaguim pelo amor de Deus não saia candidato” e agora vem com este discurso. Eu falo e provo na cara dele, mas eu acho que o nosso povo não deve ficar ai ouvindo briguinha, mas querem resultado”
Aumento de impostos e taxas e aprovação da gestão Amastha
“O povo de Palmas não quer pagar os maior impostos e taxas deste País. Você procura hoje o apoio de um médico, de um advogado, de um vendedor de picolé ou de um barraqueiro e você ouvira que a ficha caiu, a casa caiu e hoje o índice de aprovação do senhor Carlos Amastha não passa de 30% e ele tinha 90%. Ele não tem apoio da classe política nenhuma porque todo político, para ele era ladrão, e ninguém está entendendo que ele esta fazendo com o dinheiro da cidade e eu estou cobrando e é por isso que ele fez esta declaração porque estava todo mundo calado e eu não aceito”.
Completou:
“Não aceito prefeito chantagear e nós não vamos aceitar. Vai ter denuncias e já estamos trabalhando com o Ministério Público e dizer que os alvarás de Palmas era R$ 200,00 e hoje é R% 2 mil e chega até R$ 4 mil. O ISSQN era 3% e hoje é 5% e se tornou o mais caro do Brasil”
Jogos indígenas
“Eu vou focar nas minhas emendas 100% para fazer o hospital de Palmas e estou conseguindo junto com 50 deputado que são amigos meus que vão me ajudar. Ou você quer o hospital, ou os jogos indígenas. Respeito todas as etnias, os nosso povos indígenas, mas eu acho que tem que fazer é o trabalho de levar para as aldeias saúde, Posto de Saúde, ônibus, dar mecanismos para que eles possam sobreviver e manter a sua cultura e não fazer jogos indígenas e gastar R$ 70 milhões. Estão se gastando um fortuna nestes jogos indígenas”.
Palma Shopping
“Chegou lá (Palmas) fez um shooping financiado e pegou dinheiro a juros baixos, ganhou milhões, vendeu o shopping e agora é o bam bam bam . Isso não! Estou falando aqui é para ele ouvir e dizer que ele vai ter para a cidade de Palmas o melhor parceiro porque eu vou levar os meus recursos para Palmas, para a minha cidade”
Obras:
Qual a obra que ele fez sendo que em Palmas tem milhões e milhões de receita. Uma cidade que o orçamento dela chega a R$ 1 bilhão. Quanto a pessoa dele, não tenho nada a dizer, mas, para mim a administração dele é de maquiagem com a cidade pintadazinha, iluminação e chocolates (páscoa). E as obras? As escolas que estão inaugurando são todas da época do Raul Filho, as obras grandes não foi ele que levou um centavo para lá.
Aproximação com o PSD
“Ele deu estas secretarias foi para melhorar o acesso dele em Brasília para tentar levar as casas e o BRT. Ele é tão habilidoso político que ele foi para o partido contra o governo Federal, o do prefeito Laurez que é contra o governo Federal. O PSB vota 100% contra o Governo Federal. Como é que eu vou conseguir alguma coisa com o adversário. Ele foi lá e ofereceu as secretarias. Se dizem que ele tem acesso a Kátia Abreu, todo mundo sabe que é mentira porque ela como Ministra atende o Brasil”
Cargos em troco de parcerias
“Hoje se você for analisar o DEM, da deputada professora Dorinha não está com ele; o PPS, do deputado Eduardo do Dertins, não está com ele; o PP, do deputado Lazaro Botelho, não o apóia; o PMDB não o apóia. Ele xingou todos os políticos e agora ele está tendo que se virar para fazer os acordo políticos e arruma cargos como parceria administrativa”.
Composições
“Ele falou que não precisava de político e hoje está ai tentando fazer composições que não vão dar certo e tem apoio de, praticamente 0 da classe política e, o mais importante é que ele perdeu apoio do povo”.
Governabilidade
Não se governa porque a governabilidade tem que ter as parcerias e ele acha que é o homem mais inteligente do mundo e que todos os tocantinenses são burros. Que todos que estão em Palmas, os políticos não entendem nada e ele é o suprassumo.
Pesquisa interna
“Só para você ter uma idéia tem pesquisa recente que recebemos agora que de quatro candidatos, o nome de Carlos Amastha aparece como último colocado. Se sair quatro candidato hoje, na pesquisa, o prefeito Amastha aparece como último colocado e não fica nem entre os três. É isso o desespero dele”
Self
“Ele gosta de fazer festa, subir no palanque e fazer self. O povo que é emprego, obras, desenvolvimento e o cidadão quer saber se ele vai ter condições de pagar o colégio de seu filho e chegar no final do mês e pagar a conta da água e da luz. É isso que eu estou lutando aqui em Brasília junto com os nosso conhecimentos para levar indústrias e empresas, melhorar a nossas indústrias e baixar os impostos que estão muito alto”
Atendendo o princípio do contraditório (direito de respotas), o Portal Atitude reserva (deixa aberto) o mesmo espaço para o prefeito de Palmas se manifestar.