por Wesley Silas
Na justificativa, a vereadora cita que historicamente, foi no dia 17 de maio de 1990 que a homossexualidade deixou de ser considerada doença e, nesse dia, atendendo aos clamores do movimento LGBT+ e de toda a sociedade, os países-membro da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiram excluir a homossexualidade do rol de enfermidades da Classificação internacional de Doenças (CID).
De acordo com a vereadora, o PL foi lido no Plenário da Câmara, porém ela não estava na Sessão para saber o comportamento dos seus pares.
“O PL foi lido e eu não sei se houve má interpretação do Projeto, pois no dia eu não estava presente. Eu até esclareci na reunião das comissões que esse projeto visa abrir um espaço para discussão de políticas públicas para essa comunidade que muito tem sofrido com o preconceito”, disse a vereadora.
“Semente perigosa para outras políticas públicas”, Ivanilson
Um dos líderes evangélicos no Poder Legislativo municipal, vereador Ivanilson Marinho (SD), durante a Sessão ele defendeu que é preciso respeito as escolhas, ao direito de opinião, a liberdade de expressão, independentemente de sua raça, cor, ideologia partidária, sexo ou religião, pois nossas diferenças é a construção da mais pura e verdadeira democracia.
“Estamos numa crescente evolução todos os dias, e não é um dia no mês que me permitirá mudar conceitos, ao contrário posso criar uma discriminação. Em muitos lugares no Brasil, aonde se celebra, o dia é mais uma atividade comercial do que ideológica. Ao contrário, penso que é uma construção diária e, em tudo que fazemos a matriz principal é o respeito. Nossa legislação regula praticamente tudo no que refere a violação de direitos e princípios, no caso da minha liberdade de escolha. Contudo, vejo o projeto como uma semente perigosa para outras políticas públicas, que não desejo implantadas na minha cidade, como ocorre em outros Municípios”, disse.
“Não acredito que a ideologia de gênero”
Para o vereador o PL da sua colega de parlamento não se trata de defesa de igualdade e que não reflete o sentimento da sociedade e que a vereadora Débora teria retirado da pauta o projeto para abrir um novo debate.
“Não vejo isto como igualdade. Não acredito que a ideologia de gênero seja o pilar para nenhuma outra política, fato que foi vencida em praticamente todos os municípios brasileiros, e no mesmo sentido, não acredito na necessidade de se ter um dia para festejar e celebrar minha própria decisão. Finalmente, o PL não reflete um sentimento da nossa sociedade, das nossas instituições, não acredito que precisamos celebrar nossa sexualidade e nem nossas escolhas, é algo natural e singular. Finalmente, agradeço a Vereadora Débora Ribeiro que retirou de pauta o Projeto de Lei para melhorar a discussão com a Casa. Estamos à disposição para qualquer debate envolvendo nossa cidade e nossa gente”, disse.