Cortado pela TO 080 e com mais de 20 mil habitantes, o distrito de Luzimangues segue em processo de crescimento desde quando foi fundado em 1994. Apesar de pertencer ao município de Porto Nacional, Luzimangues tem uma boa relação, inclusive de comércio, com Palmas, pois atrai muitas pessoas da capital que estão em busca de melhores condições de vida.
Por Redação
Ao passar de carro pela rodovia é possível ver diversos tipos de estabelecimentos comercias, desde supermercados, lojas de materiais de construção, até sorveterias, bares e lojas de aviamentos, o que resultou em um crescimento de 18% no último ano segundo informações da Prefeitura de Porto Nacional. Além do comércio local, grandes empresas como a Raízen, distribuidora de combustível, e até mesmo o pátio multimodal da Ferrovia Norte-Sul, têm gerado postos de trabalho e aquecido a economia local.
Foi apostando nesse crescimento que Roseonice da Silva Santos Pinto decidiu deixar Palmas e ser mudar para o distrito ainda em 2014. Rose, como é conhecida, viu em Luzimangues a oportunidade de empreender, conversou com o marido e juntos decidiram adquirir um lote na região para construírem uma nova casa. Hoje, além da casa, Rose mantém uma loja de aviamentos e artesanato, que para ela foi a realização de um sonho. “Nós mudamos pra cá há quatro anos. Eu gosto muito daqui e quando viemos eu acreditei no desenvolvimento da cidade. Hoje eu tenho a minha lojinha, o que me mostra que está dando certo”, contou.
Foi também por acreditar que o distrito tem tudo para virar uma cidade que Edson Pires, junto com outros moradores da região, resolveu fundar a Associação Comunitária de Luta pela Emancipação do Distrito de Luzimangues (Ascomluz). Em março deste ano, um grupo de moradores foi até a Brasília para acompanhar de perto a relatoria do projeto de lei que pede a emancipação do distrito.
De acordo com Edson, que é o atual presidente da associação, o maior impasse que os moradores têm atualmente para que o distrito se desenvolva de maneira eficaz é o distanciamento do poder público. “Nós ficamos a 80 km da sede, então a burocracia que já existe, para nós, fica mais difícil ainda. Hoje Luzimangues paga uma taxa de IPTU mais alta que a de Porto Nacional, mas a maioria do valor arrecadado fica concentrado lá, com a emancipação a receita ficaria para o desenvolvimento do distrito”, frisou Edson, que mora e trabalha no distrito.
Assim como Edson e Rose, outras milhares de pessoas continuam trabalhando todos os dias para o desenvolvimento do distrito. Dona Rose conta, ainda, que recomendaria o distrito para quem estivesse pensando em se mudar para lá. “Eu acredito que daqui uns cinco anos isso aqui [Luzimangues] vai ter virado um refúgio pra gente de Palmas e de Porto Nacional também, porque tem grandes empresas vindo para cá, e por isso eu acredito que aqui ainda vai melhorar muito”, finalizou.