“Viemos ao Tocantins conhecer essa experiência exitosa da Educação Financeira que está sendo desenvolvida nas escolas, saber o que levou o Estado a alcançar esse sucesso e conhecer o caminho que foi percorrido”, disse Maurício Costa de Moura, diretor do Banco Central do Brasil.
por Josélia de Lima
Maurício, juntamente com Luís Gustavo Mansur Siqueira, chefe de departamento, e Paola Ono Martins Teixeira Netto, coordenadora do departamento de promoção financeira do Banco Central do Brasil, vieram ao Tocantins nesta terça-feira, 16, conhecer como a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) desenvolve o programa de Educação Financeira nas escolas.
Eles foram recebidos pelo subsecretário da Educação, Robson Vila Nova e, em seguida, participaram de uma reunião com a equipe da Educação Financeira da Seduc, que contou ainda com a participação de diretores regionais de Educação, gestores escolares, professores e alunos.
O programa Educação Financeira nas Escolas é desenvolvido no Tocantins desde 2010. Inicialmente, foi implantado em seis unidades escolares. Atualmente, são 408 escolas que adotam o programa, com 777 professores envolvidos, 15 multiplicadores, contemplando mais de 154 mil alunos.
O subsecretário Robson lembrou que o programa é desenvolvido por uma equipe que atua interligada às Diretorias Regionais de Educação. “O Estado investiu com a formação de professores, dos multiplicadores, com a reprodução do material didático e com a divulgação das experiências de sucesso. Esse conjunto de fatores, aliado ao desejo do professor de preparar o aluno para a vida, foi responsável pelo crescente interesse pela Educação Financeira e pelo sucesso de suas ações”, explicou.
Maurício Costa de Moura esclareceu que pretende levar adiante o programa de Educação Financeira pelo país. “A Educação Financeira acontece de fato nas salas de aula, nas interações realizadas pelos professores nas escolas. Queremos saber o que fez florescer a Educação Financeira no Tocantins e quais as características desse terreno para que o programa desse certo. Precisamos evoluir em conjunto para que o Brasil inteiro avance”, frisou.
Premiação
A Secretaria da Educação aproveitou a ocasião para premiar os alunos vencedores do Concurso de Mostra de Vídeos, Crônicas e Redação sobre as experiências realizadas na Educação Financeira em 2017.
A estudante Beatriz Coelho Rodrigues, do Colégio da Polícia Militar, de Palmas, foi classificada em 1º lugar em redação. Ela abordou a responsabilidade de administrar os recursos financeiros. “Precisamos aprender a dizer não a nós mesmos, a deixar de lado coisas supérfluas e aprender a economizar para poder realizar o sonho de viajar, de adquirir um imóvel ou de ter recursos para curtir melhor a vida”, frisou.
Os estudantes Kauê Vinicius Rodrigues Ramos, Helen Cristina Bezerra e Ray Douglas Pereira Gamas, da Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Comendador Pádua Fleury, de Pedro Afonso, foram vencedores na categoria vídeo.
“Retratamos a situação de uma família que planeja os gastos mensais, define quais os objetivos futuros e resolve economizar para ter dinheiro para comprar coisas mais importantes. Essa família vai aprendendo a não desperdiçar e a priorizar as necessidades básicas”, contaram Kauê, Helen e Ray.
Experiências
No período da tarde, os representantes do Banco Central irão conhecer as experiências da Educação Financeira que são desenvolvidas no Colégio Estadual São José e na Escola Estadual Vale do Sol.
No Colégio São José, a professora Clean Maria Reis, de Matemática, apresentou um Workshop de Matemática, no qual os alunos apresentaram projetos de estudos com a Educação Financeira. “Nessa ação, presenciamos que os alunos estavam empolgados e evolvidos com o estudo da Matemática, com a elaboração de problemas e resoluções”, contou Clean. Ela esclareceu que os alunos estudaram temáticas como os gastos e a planilha financeira da escola.
Na Escola Estadual Vale do Sol, a gestora Rosemary Aparecida Tessarin Tinoco contou que na unidade escolar e os educadores optaram em realizar ações de empreendedorismo. A escola conta com parceiros como o Sebrae. “Estamos formando alunos que tenham iniciativas para obter recursos e aprendam a ter a independência financeira”, ressaltou.