O sargento da Polícia Militar do Tocantins, José Maria Rodrigues de Almeida, de 50 anos, vai ser enterrado às 16h da tarde deste sábado (28) na capital Palmas, no cemitério Jardim da Paz. No velório que está acontecendo na casa onde ele morava muita gente comparecendo e prestando as últimas homenagens.
Da redação
O militar morreu na manhã desta sexta-feira (27). Ele estava internado em estado grave no Hospital Geral de Palmas, após ter sido atingido por três tiros, durante uma confusão envolvendo um delegado e três agentes da Polícia Civil. O caso aconteceu em um bar localizado em Taquaralto, região sul da capital, por volta da meia noite.
Os policiais civis envolvidos na abordagem que terminou com a a morte do militar foram afastados das funções. A equipe era chefiada pelo delegado Cassiano Oyama, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, e composta por três agentes da mesma delegacia. A corregedoria da Polícia Civil informou que os três tiros que atingiram o militar foram disparados de um fuzil e um revólver ponto 40.
Notas
O ex-comandante geral da PM no estado, coronel Benício, divulgou em nota que espera que as autoridades competentes que investigam este caso ajam com imparcialidade.
“Outra vez nos deparamos com outra ocorrência de vida ceifada pela precipitação de agentes públicos. Ao que consta, o Sargento PM José Maria Rodrigues Amorim, cidadão e profissional que o conheci, na sua folga, curtindo a noite ouvindo músicas no som de seu veículo. O delegado Cassiano Oyama, o mesmo que há um ano adentrou as dependências do batalhão de Paraíso, fez buscas e outras ações que requereu as prisões de dois militares. Ontem, ao ser “chamado” para averiguação de perturbação de sossego público (som alto), deparou com uma simples ocorrência e a complicou, pois de pronto portando fuzil, alvejou o militar com 03 tiros cruciais que o levaram a óbito. Na minha condição de cidadão e militar que sou, peço tão somente às autoridades competentes (Ministério Público e judiciário) que ajam com o mesmo rigor e providências como fizeram quando da ocorrência de Guaraí onde após um assalto de vulto militares a serviço depararam com um veículo suspeito com placa duvidosa dispararam tiros e atingiram um delegado. Que façam também como fizeram quando o próprio autor de homicídio atual o fez e requereu prisão dos militares de Paraíso. Portanto dentro da devida imparcialidade, procedam com a investigação para apurar os fatos reais, sem montagem de cenário e tão pouco álibi infundado para não culpar ou inocentar quem quer que seja”, disse o ex-comandante
A Associação dos Policiais Militares do Tocantins pediu a prisão dos envolvidos. O Ministério Público Estadual está analisando o caso. Já o sindicato dos delegados da Polícia Civil do estado enviaram uma nota em apoio ao Delegado Cassiano Ribeiro Oyama.
O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins, (Sindepol/TO) vem a público manifestar apoio ao Delegado de Polícia Civil Cassiano Ribeiro Oyama, que no exercício da sua função na noite desta quinta-feira, 26, abordou José Maria Rodrigues Amorim, Sargento da Polícia Militar do Tocantins, que estava em um bar na região de sul de Palmas, ingerindo bebida alcoólica e com o volume do som do carro acima do permitido por lei.
A equipe comandada pelo Cassiano, Titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP de Palmas, abordou José Amorim, o qual não se identificou como sendo Sargento da Polícia Miliar e mostrou uma arma de fogo aos policiais civis. Imediatamente os policiais, todos caracterizados, verbalizaram dizendo serem da Polícia e ordenando que José Amorim soltasse a arma.
José Amorim não obedeceu à ordem e apontou sua pistola em direção a equipe da Polícia Civil. O delegado e os agentes repeliram a injusta agressão efetuando três disparos, um de cada policial.
Asseguramos de que o Delegado Cassiano Oyama cumpriu todos os protocolos necessários para a abordagem e que lamentamos profundamente a morte do Sargento, mas reafirmamos que ele, assim como todos os cidadãos devem cumprir as leis e seguir os protocolos de segurança, neste caso José Amorim deveria ter abaixado o som do carro, se identificado e cumprido as ordens dos policiais civis.
Esclarecemos ainda que o Delegado Cassiano Oyama juntamente com os agentes prestaram socorro à vítima, e se apresentaram a delegacia para a entrega das armas de fogo e realização dos procedimentos cabíveis.
Todos os policiais civis envolvidos já estão à disposição da Corregedoria da Polícia Civil que instaurou investigação e irá apurar o ocorrido.
Mozart Felix – Presidente do Sindepol/TO