Em Carta Aberta, a CheckList Eventos anuncia um ato público de empresários e trabalhadores do ramo de eventos que deverá acontecer nos próximos dias na região Central de Palmas. “O nosso movimento tem como objetivo central lembrar principalmente a população de que somos muitas famílias que dependem do setor para sobreviver, e infelizmente nosso setor está morrendo”, diz a carta.
Por Redação
A carta cita que uma comissão formada por empresários representantes do setor de eventos busca a abertura de discussão “para a criação de protocolos de segurança e também a inserção das empresas do ramo em programas de auxílios governamentais”. Afetados com a pandemia o segmento diz que não tem conseguido apoio e nem auxílio do Pronamp.
“Fomos os primeiros a parar e não temos previsão de quando será iniciada uma discussão para a possível retomada. Pedimos ainda celeridade e emergência de ajudar empresas que têm CNPJ voltados para eventos, com o Pronamp, que é um auxílio que nos daria 30% do faturamento bruto comprovado por nossas empresas, porém de fato os bancos de forma geral alegam não ter verba”.
Confira a íntegra da carta Aberta
Um ato público será realizado por empresários e trabalhadores do ramo de eventos, nos próximos dias na região central de Palmas Tocantins.
Uma comissão formada por empresários representantes do setor de eventos, esclarecem que a ação não tem como objetivo pedir a abertura imediata do setor. O desejo da categoria é de que abra discussão para a criação de protocolos de segurança e também a inserção das empresas do ramo em programas de auxílios governamentais.
Sabemos que a maioria das festas e eventos não tem condição de ser realizada neste momento, porém existem uma infinidade de formatos de pequeno porte, de modo estudado e gradual que deve ser considerado, o que inclusive já aconteceu para todos os demais setores, inclusive para o turismo. Não compreendemos porque nosso setor ficou de fora e até agora, ninguém foi capaz de sequer tentar nos explicar. Também estamos pedindo um auxílio para os mais vulneráveis da nossa classe, que são os informais que não foram enquadrados nos requisitos dos auxílios. Estamos pedindo um acesso efetivo e ágil ao crédito, pois temos despesas há quatro meses sem nenhuma receita. Fomos os primeiros a parar e não temos previsão de quando será iniciada uma discussão para a possível retomada. Pedimos ainda celeridade e emergência de ajudar empresas que têm CNPJ voltados para eventos, com o Pronamp, que é um auxílio que nos daria 30% do faturamento bruto comprovado por nossas empresas, porém de fato os bancos de forma geral alegam não ter verba.
Importante destacar que foi protocolado junto a prefeitura municipal de Palmas, sugestões de como seria a volta gradativa dos serviços para dar segurança a quem vai e a quem faz o evento. Somente após insistência da nossa parte, recebemos um retorno negativo, onde claramente nem leram nossas reais solicitações e nem ao menos se deram o trabalho de justificar. Absurdo e desrespeitosa a forma que estamos sendo tratados. A todo momento temos que lembrar que nosso setor tem mais de 25 milhões de trabalhadores formais e informais e que gera em torno de 7% do PIB do país. A classe é muito forte, gera muita receita e nós não somos citados em nenhum protocolo de retorno às atividades de forma gradual ou parcial, de forma nenhuma. É como se não existíssemos.
Já conversamos com mais de um deputado, secretário de estado, prefeitura, e outras entidades e até o momento ninguém fez de fato nada por nosso setor.
Então, ainda que exaustos e consumidos pela tristeza e humilhação de tamanho descaso por parte principalmente da prefeitura e governo do estado, essa manifestação é necessária para clamar atenção da opinião pública, explicar e reforçar que somos profissionais, trabalhadores que temos compromisso que vai além da realização dos sonhos das pessoas, mais também temos a capacidade de garantir o registro de fatos ou períodos de suma importância, que necessitam destaque e celebração. Também queremos demonstrar nosso compromisso com a segurança e responsabilidade que temos com a vida dos nossos e do próximo, pois podíamos apenas estar realizando eventos e o nosso desejo é ser acompanhados e fiscalizados por órgãos competentes. Lembrando não desejamos abertura imediata, porém já estamos desgastados e necessitamos de uma discussão e apoio para os ajustes necessários para quando for o momento da volta das atividades do setor.
Para finalizar ressaltamos a importância de uma criação de protocolos para uma possível retomada gradual do setor, por parte principalmente da prefeitura através da vigilância sanitária, como já explicitamos para eles, através de documento, pois isso vai garantir uma retorno consciente e seguro. Sem isso, corre o risco de um retorno desastroso.
Em resumo, nosso movimento tem como objetivo central lembrar principalmente a população de que somos muitas famílias que dependem do setor para sobreviver, e infelizmente nosso setor está morrendo.