Por Redação
O concurso público da Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed), anunciado pelo Edital 62/2024, tornou-se alvo de intensa disputa jurídica, suscitando debates sobre a condução do processo seletivo.
Em Nota á imprensa, a Comissão dos homologados, defende que as ações judiciais foram desencadeadas por reclamações de candidatos insatisfeitos, resultando na intervenção do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO).
Conforme a nota, os casos que mobilizaram o MPTO está a manifestação de um candidato que, confrontado com um resultado desfavorável, procurou questionar o concurso alegando irregularidades, apesar de ter conseguido apenas uma questão correta na prova específica. As tentativas de judicializar tais exclamações evidenciam a complexidade da situação enfrentada.
Conforme a Comissão, o caso já passou por diferentes instâncias. Inicialmente, o juiz William Trigilio negou um pedido de urgência feito pelo MPTO, sinalizando que os argumentos eram fracos para justificar a suspensão do certame. Entretanto, a situação evoluiu quando o desembargador Marcos Anthony Villas Boas ordenou a suspensão temporária das nomeações, decisão que espera por uma análise mais aprofundada no Tribunal de Justiça do Tocantins.
Um aspecto considerado importante para a Comissão é a ausência da COPESE, órgão responsável pela elaboração e aplicação das provas, no rol de envolvidos no processo. Atendendo à solicitação do advogado Dr. Indiano Soares, a justiça de primeira instância solicitou ao MPTO explicações sobre essa omissão. Caso a COPESE seja formalmente citada, isso pode alterar significativamente o rumo do processo.
Até o momento, não surgiram provas de irregularidades graves que comprometem o concurso. A disseminação de informações não fundamentadas tem criado desinformação entre o público, ressaltando a necessidade de se basear na documentação oficial do processo para evitar equívocos.
A Comissão conclui que os candidatos que superaram todas as etapas do concurso esperam uma resolução favorável, com a expectativa de que a verdade predomine. A comissão dos homologados reafirma seu compromisso com a transparência, destacando que o certame respeitou os princípios legais e promoveu justa concorrência entre os participantes. A expectativa é que a justiça esclareça o caso, permitindo aos candidatos o exercício de suas futuras funções na educação da cidade de Palmas.
Confira a íntegra da nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Comissão dos homologados esclarece sobre controvérsias envolvendo o concurso público da Semed Palmas
A Comissão dos homologados do concurso da Semed Palmas Edital 62/2024, esclarece que a recente judicialização do concurso público da Secretaria Municipal de Educação de Palmas Tocantins (Semed) tem gerado diversas controvérsias e levantado questionamentos sobre a legitimidade das acusações apresentadas pelo Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO). Contudo, uma análise mais detalhada dos fatos demonstra que as alegações do MPTO são baseadas em suposições e carecem de provas concretas, que sequer foram incluídas na peça inicial da ação protocolada.
O Ministério Público ingressou com a ação a partir de reclamações de candidatos eliminados que não aceitaram o resultado do certame. Um caso exemplar é o de um candidato que acertou apenas uma questão da prova específica e buscou judicializar o processo, alegando irregularidades. Essa alegação parece refletir uma tentativa de contestar a eliminação sem fundamentos sólidos.
Na primeira instância, o juiz William Trigilio negou a tutela de urgência solicitada pelo MPE, afirmando que os elementos apresentados eram insuficientes para justificar qualquer suspensão ou revisão do concurso. Essa decisão evidenciou a falta de fundamentos consistentes para a interrupção do certame.
Posteriormente, em segunda instância, o desembargador Marcos Anthony Villas Boas, em decisão monocrática, concedeu a suspensão temporária das nomeações. Contudo, o advogado Thiago Morais, que representa os candidatos homologados, ressaltou que o processo deve seguir os trâmites legais na primeira instância e ainda aguarda o julgamento pela Segunda Turma da Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Tocantins, que poderá revogar a suspensão e garantir a continuidade do concurso.
Além disso, após solicitação do advogado Dr. Indiano Soares, representante dos candidatos homologados, o juiz de primeiro grau ordenou que o MPTO explicasse por que a banca examinadora COPESE não foi incluída como parte no processo, visto que ela foi responsável pela elaboração e aplicação das provas questionadas. Essa decisão é crucial, pois a exclusão da COPESE levanta dúvidas sobre a estratégia do MPTO e a consistência de sua ação.
Caso a COPESE seja formalmente citada, há a possibilidade de que o processo seja extinto na Justiça Estadual, já que a COPESE é uma banca examinadora federal de renome. Isso poderia encerrar a suspensão e corrigir uma grande injustiça com os candidatos aprovados e homologados.
Até o momento, não há comprovação de qualquer irregularidade grave que comprometa a lisura do concurso. A propagação de informações infundadas tem gerado desinformação e tumultuado o entendimento público sobre o certame. É importante ressaltar que qualquer informação não fundamentada nos autos do processo deve ser tratada como fake news.
Os candidatos aprovados, que passaram pelas três etapas do concurso, demonstraram competência e estão devidamente preparados para ocupar os cargos oferecidos. Eles aguardam com esperança a revogação da liminar para assumir suas funções e contribuir para educação do município.
Enquanto comissão dos homologados, reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a justiça, enfatizando que o concurso foi conduzido dentro dos parâmetros legais e com total respeito aos princípios da igualdade e da lisura. Continuaremos acompanhando o desenrolar dos fatos e confiamos que a verdade prevalecerá em prol dos candidatos aprovados e da educação em Palmas.
Palmas Tocantins, 27 de janeiro de 2024
Comissão dos homologados concursos Semed Palmas Edital 62/2024