Por Redação
“A Esquizofrenia de René Perrot” é uma obra de ficção da autora Olívia Sarmento, publicada pela Editora Zouk, de Porto Alegre. O livro será lançada em Gurupi – TO no dia 20 de Outubro de 2023 no auditório da OAB de Gurupi, na Av. Amazonas nr 1.400, às 19h30min.
O evento iniciará com um bate-papo sobre a obra, com apresentação e mediação de Ana Leme (Da Movimentoliterário de São Paulo) e do jornalista Paulo Albuquerque.
Terá a participação de Alana Linhares (professora de Literatura), Padre Luiz Antonio Guimarães (psicólogo) e do Dr. Moysés Chaves – psiquiatra.
Sobre a autora
Olívia Sarmento nasceu em Salinas – MG, foi criada em Montes Claros – MG, casou-se em 1975 com Vicente de Paula Lopes (Paulinho), teve três filhos e reside em Gurupi – TO desde 1990.
Teve outras três obras publicadas – Foi Assim Que Aconteceu, Dançando no Fogo e A Emparedada e Outros Contos.
Sobre a Obra A Esquizofrenia de René Perrot.
Quem é René Perrot? – É um personagem fictício criado pela autora – um psiquiatra francês – jovem e afável. É também professor universitário e colaborador da Polícia Nacional Francesa, requisitado para elaborar o perfil de suspeitos criminais.
Portador de esquizofrenia, após um gatilho trágico na fase adulta, ele passa a vivenciar um extraordinário turbilhão de emoções.
Transita assim em suas catastróficas alucinações, entre o século 21, no boêmio bairro turístico de Montmartre – no topo da colina parisiense, e o século 18, ao pé da colina – suburbana -, no entorno de uma casa de prostituição e o interior de um manicômio – presídio para todos aqueles considerados incômodo para a sociedade parisiense da época.
Nessa obra eletrizante, a autora busca encontrar, embora de forma sutil, por trás de cada personagem, a alma dessas criaturas, imersas em suas trágicas degradações.
Relação da autora com a obra:
Quando criança, eu sentia uma profunda inquietação observando o comportamento de pessoas que perambulavam pelas ruas da cidade (a maioria vindo de trem do sul da Bahia), em situação de miséria profunda e atitudes singulares, às vezes até agressivos. Eram chamados de “doidos”. Estes seres, visíveis apenas nas suas misérias e excentricidades, mais que medo, me despertava curiosidade.
Em adulta, passado o tempo de abrir o meu olhar além das “tribulações” familiares, imergi na literatura e me deparei, de forma inconsciente, com os meus “fantasmas” de criança. Entendi, na minha pequenez cognitiva, que, aquela “loucura” que me intrigava seria produto das decorrências da miséria.
Nessa obra, iniciei falando de pessoas que viviam à margem da sociedade burguesa parisiense (pela miséria ou pelo crime), que eram levadas ao cárcere Pitié Salpêntrière – uma época obscura da psiquiatria, anterior a Philippe Pinel.
Em seguida, criei um personagem contemporâneo, o protagonista René Perrot, abrindo o leque das possibilidades na psiquiatria, levando-o a transitar no tempo (em suas alucinações), no mesmo espaço físico – o bairro boêmio de Paris e o também manicômio Pitié Salpêntrière.