por Wesley Silas
A crise na saúde pública municipal de Peixe foi alvo de reclamações de moradores de Peixe durante esta semana.
“Não tem ambulância no Romão, segundo uma funcionária do hospital nem medicamentos básicos como Dipirona está tendo, nem o essencial como alimentação regulamentar tem. Passou uma semana os pacientes comendo frango e na semana passada só tinha arroz, macarrão, feijão e agora o superintendente chegou com 2 quilos de carne moída”, relatou uma moradora de Peixe ao Portal Atitude.
A Secretária de Saúde de Peixe, Fabiana Pereira do Nascimento, rebateu as denúncias afirmando que os problemas das ambulâncias e dos atendimentos médico seria um “problema recorrente”, assim como a falta de ambulância no povoado do Romão.
“Nós temos apenas um médico para atender a ala Covid, assim como em 2020 quando antecedeu o início da pandemia. Então, não foi uma regressão e nós mantemos o mesmo atendimento, com o diferencial, que os médicos da UBS fortalecem a demanda quando aumenta os casos e o nível de internação no município”, disse a secretária.
Ela informou ainda que a Prefeitura está em busca da contratação de médicos específico para atender a ala Covid do hospital municipal, assim como para atender na Vila São Miguel, porém irá apresentar um profissional na próxima segunda-feira.
“Não é fácil de encontrar. A (comunidade) da margem direita estava desassistida sem médico e sem enfermeiro porque a Vila São Miguel é o distrito com maior distância diante a grande extensão territorial de Peixe e com isso estávamos com dificuldade de encontrar este profissional para atuarem lá. Desde o primeiro momento que assumimos estamos a procura destes profissionais, mas na próxima segunda-feira estaremos levando o médico e a enfermeira para o Posto de Saúde da Vila São Miguel e a extensão da Lagoa do Romão”, afirma a secretária.
Ela justifica a falta de ambulância na Vila, devido a problemas de manutenção. Afirmou ainda que em breve o município deverá adquirir uma ambulância nova para atender a comunidade dos povoados.
“Quando as ambulâncias não a pegamos em perfeito estado de conservação e todos os dias apresentam problemas e estão sendo feita as manutenções rotineiramente e o problema é que não temos ambulâncias para poder substituir quando necessitamos de fazer a manutenção. Estamos enfrentamos estas dificuldades, mas estamos, prontamente solucionando estas questões. Já temos possibilidades reais de recebermos recursos, bem como novas ambulâncias para levarmos para zona rural. Estes problemas que estamos tendo não foram apenas em 06 meses de gestão”, garantiu
Segundo Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) a médica Mercedes Abreu Balbon começou a trabalhar na Unidade de Saúde da Família da Vila São Miguel no mês de março de 2018 na gestão do ex-prefeito José Augusto e continuou na gestão prefeito Cezinha (MDB). “Desde março ela não atende na UBS da Vila de São Miguel e ela continua sendo confirmada no CNES que ela atende na vila. Eles receberam mesmo sem ter médico lá”, relata a moradora que pediu para não se identificar para não sofrer perseguição política no município.
De acordo com a Secretária de Saúde de Peixe, Fabiana Pereira do Nascimento, e médica é cubana e teve que retornar ao seu país durante suas férias em março e, desde então seu contrato teria sido suspenso.
“A Drª Mercês atendeu o povoado de Vila São Miguel até o mês de março e devido ao fato dela ser cubana e necessitar visitar a família suspendemos o contrato com ela pelo período de 30 dias até que ela retornasse, porém até agora ela não consegue retornar ao Brasil em função da dificuldade de embarque por causa da terceira onda da nova variante! Dito isso, o Município não tem cessado esforços para disponibilizar um outro médico para efetuar a substituição uma vez que não podemos agradá-la nesse sentido”, disse.