por Wesley Silas
Uma greve em ano eleitoral se torna algo que necessita muito equilíbrio entre as partes para que os direitos legítimos dos servidores não possam ser contaminados e evite que se descambe como peças da jogatina de interesses de grupos políticos.
Voltando às últimas movimentações que aconteceram na Câmara de Vereadores, ocorrida após uma liminar de um desembargador de Tribunal de Justiça que considerou a greve como ilegal, suspendendo o movimento grevista, na noite da segunda-feira, 22, a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins (Sintet), chegaram a uma frustrada tentativa de conciliação. Após a reunião a prefeita Josi Nunes chegou a publicar uma nota informando “que o diálogo é e sempre será a grande marca da minha gestão e estamos sempre à disposição para conversarmos e estruturarmos o que há de melhor para a população”. Defendeu ainda que no período de 1,8 meses de gestão realizou o pagamento “do maior número de progressões de uma única vez na história do município, para servidores da educação municipal, incluindo pagamentos retroativos de muitos anos atrás, desde 2015, somando quase R$ 3 milhões de investimento” e atendeu ao novo piso salarial nacional, incluindo o retroativo, para mais de 400 professores da rede municipal. “Tivemos ainda concessão de 5% da data-base, também com retroativo”, disse.
Resposta dos servidores
Durante a manhã desta terça feira, 23, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins (Sintet), promoveu uma Assembleia com os servidores para ouvir a opinião sobre as propostas de 5%, enquanto eles reivindicam 35% de recomposição salarial e são perdas salarias que os servidores sentem no bolso desde o ano de 20 17.
https://www.youtube.com/watch?v=QwCYzt4vlt4
Legalidade da greve
Após ouvir a categoria os professores, por maioria absoluta, negaram a proposta da Prefeitura e decidiram em continuar a greve e, para isso, vão entrar com um recurso no TJ para derrubar a liminar, conforme disse os representantes do Sintet, professora Gabriela e o professor Wesley.
https://www.youtube.com/watch?v=2PzxIUIvQPw
O professor Wesley citou alguns municípios que apresentaram melhores propostas como foi o caso de Porto Nacional com 18%, porém 5% não seria insuficiente par categoria.
https://www.youtube.com/watch?v=JnTSFjTxn0E
Depois de horas debatendo as propostas, todos os servidores manifestaram a favor da continuação da greve, até que acontece um consenso entre o Poder Público e os servidores.
https://www.youtube.com/watch?v=uR0iGmMO_e8