A pesquisa de Lillian teve como tema: Seleção de isolados de Trichoderma como biocontrolador e promotor de crescimento em plantas no Estado do Tocantins. “São fungos que beneficiam o desenvolvimento das plantas e ajudam no controle de doenças de uma forma ecologicamente correta e economicamente viável”, explicou. A tese de Lillian foi orientada por Henrique Guilhon de Castro com co-orientação de Aloísio F. Chagas Júnior.
O doutorado concluído por Lillian faz parte do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal da UFT – câmpus de Gurupi e tem apoio do Bionorte, programa de financiamento de pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com o trabalho, a produção de inoculantes torna-se uma possibilidade real como produto a ser desenvolvido através da incubadora de empresas implantada na UFT. “É o primeiro passo para trabalhar produtos da universidade com empresas”, afirmou o co-orientador, Aloísio F. Chagas Júnior.
Lillian acrescentou ainda que a pesquisa dela é voltada às culturas do Tocantins e teve resultados muito satisfatórios com soja e feijão caupi, atividades que enfrentam dificuldades no combate às doenças e fungos do próprio cerrado por meio de químicos.
Lillian diz que incentiva seus alunos a continuarem as pesquisas através da pós-graduação e comparou o momento atual da instituição com aquele em que era aluna da graduação. “Hoje a UFT tem mais estrutura e recursos. Os alunos já entram com a mentalidade para a pesquisa. E aqui temos oportunidade para trabalhar com vários assuntos. Tive uma pessoa para me dar incentivo. Não esperava chegar ao doutorado, mas a pesquisa não para. Trabalhar com microrganismos exige continuidade”, concluiu Lillian.
A UFT possui programa de pós-graduação com três cursos de mestrados no câmpus de Gurupi: Biotecnologia, Ciências Florestais e Ambientais e Produção Vegetal, além de um doutorado na área desta última. (Por Daniel dos Santos)