Por Wesley Silas
Em agosto de 2018, o Conselho Estadual de Educação, aprovou a transformação em Universidade Regional de Gurupi – Unirg, época quando a reitora era a professora Lady Sakai. Praticamente, cinco anos após a comemoração a transformação do Centro Universitário Unirg em universidade, o vereador Ivanilson Marinho mostra preocupação com uma possível falência da instituição que poderá acontecer em um futuro próximo, caso a atual reitora, Sara Falcão não tome medidas para evitar uma “enxurrada” de processos indenizatórios de parte de 2 mil pessoas após a judialização envolvendo a “lambança” desordenada do processo revalidação de Diplomas Estrangeiros na forma simplificada promovido pela UnirG. “Esta resistência não é apenas prejudicial aos acadêmicos ou a saúde pública e à própria Universidade e hoje eu acredito que a Unirg não teria condições de devolver este dinheiro para estes acadêmicos”, disse o vereador Ivanilson após ao comentar a audiência com Ministra do Superior Tribunal de Justiça, Assusete Dumont Reis com a prefeita Josi Nunes, reitoria e presidente da Fundação Unirg e o deputado federal Ricardo Ayres ocorrida no final da tarde da terça-feira, 07, no STJ em Brasília.
por Wesley Silas
Para o vereador Ivanilson Marinho “muitos dos membros” do Conselho Acadêmico Superior (CONSUP) desconhecem as estruturas que foram criadas no passado que permitiu a Judicialização das ações, a confirmações das liminares e também da sentença destes processos judiciais que, segundo ele, “infelizmente tem levado este movimento que estamos vendo aqui na cidade de Gurupi” e, criticou ainda um suposto abandono pedagógico promovido pela reitoria que culmina em problemas que ameaçam o futuro de alguns cursos da academia.
“Estivemos reunião com o governador em exercício, Laurez Moreira, ele disse que a situação deve ser resolvida para o bem da Universidade e de todos. Obviamente, o governador deixou de ser prefeito desta cidade e hoje cuida e tem prioridade do Estado, mas se preocupa com a Universidade de Gurupi Unirg que tem mais de 30 anos com sua importância para a cidade. Infelizmente nos últimos dias, ou nos últimos anos, ela [Unirg] tem sido abandonada no sentido pedagógico e estamos com problemas seríssimo em nossos cursos e não responder ao Conselho Estadual de Educação no que é determinado e isto é responsabilidade da reitoria”, disse o vereador. “Estamos com uma defasagem e com cursos deficitários com baixa demanda, baixa procura, e você não vê nenhuma política sendo construída para melhorar os cursos da UnirG”, completou.
Descortinando o “abacaxi” da tragédia teatral promovido pela academia envolvendo a revalidação do curso de medicina para os médicos formados no exterior como na Argentina que, apesar de ter recebido cinco prêmios Nobel, dentre eles dois de Medicina, um de Química e outros dois da Paz, algo que o Brasil nunca conseguiu; o vereador culpa a reitora por não buscar resolver o problema de forma definitiva, enquanto o nome da Unirg é maculado em todo o País.
“A situação hoje é muito confortável para ela e estamos com quase 2 mil acadêmicos esperando que seus processos sejam considerados aptos e teve uma reunião no STJ hoje com a presença da própria reitora e presidente do Conselho Superior, mas há uma insistência para atender um critério de que não há necessidade nenhuma porque a UnirG pode ter o desejo de querer e vontade revalidar os diplomas destas pessoas. Não é o Ministério Público que vai dizer isto é a Universidade exercendo sua autonomia que vai querer dizer isso para o próprio judiciário de que nós queremos aceitar a revalidação destes diplomas, uma vez que já fizemos e todos são considerados aptos”, disse.
“Esta resistência não é apenas prejudicial aos acadêmicos ou a saúde pública e à própria Universidade e hoje eu acredito que a Unirg não teria condições de devolver este dinheiro para estes acadêmicos e isto deve ser levado em consideração e reitora não pode pensar somente nela, mas no conjunto que envolve tudo isso”, completou o vereador.
A polêmica do revalida já enveredou para denúncias graves contra a reitora da Unirg com pedido de CPI na Câmara Municipal para apurar supostos atos ilegais e abusivos, supostamente, promovido pela reitora como possível conduta de nepotismo com a nomeação do seu cônjuge Rogher Gomes Costa como membro da Comissão da Revalidação de Diploma e conduta que pode gerar improbidade administrativa devido a reitora permitir que seu irmão Mosaniel Falcão de França exerça o cargo de professor contratado e acumulação de jornadas que atingiria 120 horas na Unirg e Secretaria Estadual de Saúde. Sendo assim o mandato da reitora reeleita, Sara Falcão, que está no mandato desde o ano de 2019 terminará no mês de dezembro de 2024, poderá ser suspenso pelo Poder Legislativo até que se apure tais denúncias, além dos prejuízos que a instituição poderá ter decorrente a ações judiciais.
“Nós estamos falando de atribuições da fundação, da sobrevivência desta Universidade em alguns aspectos e na própria decisão que pode prejudicar o futuro desta universidade. Estamos falando de 2 mil pessoas envolvidas em um processo que gerou uma despesa muito alta e isto deve ser levado em consideração. É importante considerar isto processualmente e as consequências de tudo isso e a reitora não está pensando nisto; ao contrário, ela está jogando para a Fundação a responsabilidade para lá na frente ocorrer um problema. Ela não pode pensar somente com a cabeça dela, mas num conjunto todo. Como é que a Fundação vai fazer se lá na frente tiver que devolver corrigido estes valores destas quase duas mil pessoas que já foram consideradas aptas e ela joga para a Fundação. Ela não pode fazer isso é uma responsabilidade dos atos da reitora e do próprio CONSUP”, desabafa o vereador.