Por Gil Correia
No futebol tocantinense acontece de tudo um pouco. E pra pior na maioria das vezes.
Especificamente sobre o desempenho, o Tocantins de Miracema, contraria a lógica e se tivesse alguma medição, acompanhamento, pesquisa ou qualquer termo para a situação, seria um bom case a ser estudado e mostrado.
Senão vejamos: Foi o último time a se apresentar para a temporada. E o elenco só ficou pronto – se é que se pode chamar de pronto – com número suficiente de jogadores para registrar e entrar em campo, somente a três dias da estreia.
E a estreia era contra o Gurupi, em seus domínios e não é que a garotada escalada deu conta do recado. E na base da correria, disposição e força de vontade, conseguiu vencer o temido Gurupi?
Surpresa, diriam alguns.
No jogo seguinte, outra vitória. Desta vez sobre o campeão tocantinense. Aliás, bicampeão. O Interporto foi derrotado. A torcida miracemense, como toda torcida, se empolgou e acreditava num time imbatível.
Afinal, ano passado, o time começou perdendo três jogos seguidos, provocando a demissão do então treinador Celio Ivan e uma arrancada no segundo turno que quase levou o time à classificação sob o comando do hoje ameaçado Luis Carlos, à frente do Gurupi.
Mas o império do time de Miracema começou a cair na terceira rodada, quando jogando novamente em seus domínios, empatou com o Tocantinópolis, perdendo os 100% do aproveitamento, mas ainda na liderança.
Nos três jogos seguintes, foram três derrotas, Palmas, em casa e Paraiso e Guaraí, ambas fora de casa.
O time conseguiu em apenas três rodadas, sair da primeira colocação para a lanterna da competição.
A última derrota serviu para provocar o pedido de demissão do treinador Pedro Mendes, que pediu o boné, não só pelos resultados, mas também por todas as mazelas que atingem o futebol tocantinense como falta de gestão, planejamento, elenco razoável e salários em dia.
Sem contar, claro, e infelizmente, com a falta de caráter de alguns dirigentes, que prometem muito quando não podem nada e não fazem absolutamente nada para mudar a situação de todo o futebol tocantinense.
Existem outros males no Tocantins e na maioria dos times tocantinenses, mas que não vale a pena aqui discutir, pela razão simples que é repetição de muitas criticas acumuladas durante os anos passados e que nunca foram sequer debatidas.
Mas o fato é que o Tocantins é o verdadeiro cavalo paraguaio. E com muito amadorismo, próprio dos adjetivos acima já citados.
E a tendência é cair ainda mais, se não ajustar a sela e apertar o bridão. O primeiro turno ou jogos de ida terminam nesta terça-feira. E Faltarão apenas sete jogos, para que os rebaixados sejam conhecidos.
Pelo andar da carruagem, se o Tocantins e sua diretoria não acordarem, vão ter temporada longa em 2015. Segundo semestre tem segunda divisão. Castigo duplo. Rebaixado em maio e obrigado a disputar a segundinha em setembro. Amadorismo puro é bobagem!