Um caso banal, mas o fato da negociata chamou a atenção, devido o menor, que mora no setor São Jorge, no município de CRISTALÂNDIA, ter sido autuado pela Polícia depois de ser flagrado com um pé de maconha in natura em sua residência – o que poderia render algumas gramas de a massa bruta de Cannabis Sativa. Na comercialização do tráfico, o habitual seria a comercialização de tabletes.
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Segundo a Policia Militar, o menor teria adquirido o pé de maconha de um homem conhecido como Moitinha (não teve o nome divulgado) e pela erva ele chegou a pagar R$ 30,00. “Vai ser feito uma investigação para saber a participação do maior”, disse o policial.
Legalização
Conforme apontou uma reportagem do Fantástico em 2013, nos Estados Unidos, considerado como o País onde nasceu a proibição da maconha há 78 anos, o comércio legalizado da droga tinha mercado estimado, na época, de US$ 100 bi. Na matéria o repórter Felipe Santana mostrou que “porta de entrada para esse novo negócio foi a liberação do uso recreativo da droga em dois estados americanos, no fim de 2012. Neles, o consumo é permitido para maiores de 21 anos” e que 19 estados daquele País autorizam médicos a receitar no apoio de tratamento de doenças”.
No Brasil
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Em janeiro de 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu retirar o canabidiol (substância química encontrada na maconha) da lista de substâncias de uso proibido para fins terapêuticos. Antes, a venda do produto com a substância classificada como proibida era vetada, mesmo para tratamento terapêutico e o debate foi acirrado diante ao famoso caso da criança Anny Fischer, de 06 anos, portadora de uma doença genética que provoca deficiência neurológica grave e grande quantidade de convulsões.
Em 31 de janeiro deste ano, um levantamento do G1 apontou que quase metade dos deputados brasileiros admitiam legalizar maconha para fins medicinais. “Somente 7% (36 parlamentares) defendem a liberação do consumo da erva; 136 (26,4%) são contra; os outros 99 (19,2%) não quiseram responder”, apontou.
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A mesma reportagem também mostrou o posicionamento da presidente Dilma sobre o tema: “Na avaliação de Dilma, não cabe a legalização da maconha no Brasil porque é um país onde existe o crime organizado e as principais drogas são o crack e a cocaína. Para a presidente, a “pauta” não é a legalização, mas, sim, o combate ao tráfico e o tratamento de viciados, além da prevenção”, apontou.
Descriminalização do usuário de drogas
No ano passado opiniões de intelectuais do Brasil, dentre eles a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), chamou a atenção depois que eles defenderam a descriminalização dos usuários de droga no País.
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“Descriminalizar não é igual a legalizar. É não pôr na cadeia quem usa droga, porque, se ele for para a cadeia, vai usar outras drogas mais pesadas e vai aprender outros crimes”, defendeu FHC em uma entrevista concedida ao jornal Extra em junho do ano passado.
Segundo a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD), a política antidrogas no País é falha e o combate tem uma série de deficiências que “vão desde o baixo investimento em prevenção e no tratamento de dependentes até a falta de estrutura da polícia para reprimir o tráfico nas fronteiras”. O levantamento da ABEAD aponta ainda falta de continuidade nos investimentos onde os orçamentos de ação de enfrentamento ao crack e outras droga são reduzidos de um ano para o outro e deficiências nas comunidades terapêuticas. (Matéria atualizada).