Embora seja um tema atual, a discussão sobre a atuação do jovem em suas comunidades é um assunto recorrente nas últimas décadas. Já em 1985, ao final do Ano Internacional da Juventude, a Organização das Nações Unidas indicava que existia por parte dos jovens uma vontade de obter participação em todas as esferas e promover os seus interesses, bem como sua satisfação em participar da formulação de novas políticas e programas, em âmbito local e nacional.
Em plena era da informação, observamos o crescimento do interesse dos jovens em desempenhar múltiplas funções na sociedade, trazendo à tona o debate sobre o protagonismo juvenil nos espaços de poder. Seus anseios perante os desafios do mundo moderno e, para que eles possam atingir os seus objetivos, a palavra chave é: OPORTUNIDADE.
Em época que se comemora o Dia Internacional do Jovem Trabalhador (24 de abril)a inclusão laboral, em idade decisiva para a quebra do ciclo da pobreza e da vulnerabilidade social, deve ser debatida. O mercado de trabalho precisa estar mais consciente sobre a necessidade de absorver e dar aos jovens a oportunidade do primeiro emprego, com a certeza de que terão colaboradores dedicados e com sede de aprendizado.
Um dos itens que devem constar desse debate é a Aprendizagem (Lei 10.097/2000) – uma das oportunidades que se mostram efetivas no combate a problemas como exclusão social, violência, evasão escolar, baixa renda, necessidade de experiência, falta de qualificação eo desemprego.
ARenapsi- Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração, é uma das pioneiras e referência no setor. Umcaminho de acesso ao mercado de trabalho e à formação, acompanhando a necessidade dos jovens na busca pelo protagonismo,que já beneficiou mais de 120 mil jovens ao longo de seus 24 anos de existência, oferecendo oportunidades de aprendizagem, com mais de 70% convertidas em emprego formal ao final do contrato.
As empresas e governantes, têm que conhecer e aproveitar os benefícios da contratação de um jovem trabalhador. Uma relação baseada na reciprocidade, pois o jovem “ganha” a oportunidade de ingressar no mercado, enquanto o contratante “ganha” a chance de ter em sua equipe novos talentos ansiosos para contribuir.
Para que se permita que os talentos da juventude sejam descobertos e reconhecidos, é preciso derrubar o preconceito que envolve a contratação de pessoas sem experiência e entender, que também é papel das empresas e do poder público, participarem da formação dos jovens em idade laboral, contribuindo para que o protagonismo juvenil e a melhoria de vida das famílias, favoreça a evolução da nossa sociedade.
Por: Bia Nakamura