da redação
“Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres”, relatou ela, que é maranhense.
A vítima conta que no oitavo dia de aula, um dos PMs instrutores — o nome dele não foi divulgado — alegou que um pedaço de sua pizza havia sumido e, por isso, bateu com uma ripa de madeira nas mulheres. A agressão aconteceu em maio, mas só veio a público agora. Após a agressão, ela desistiu das aulas.
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará declarou em nota que um inquérito policial foi instaurado para apurar o fato na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foram realizadas oitivas.
A Controladoria Geral de Disciplina, que investiga denúncias contra agentes de segurança no Ceará, também abriu procedimento disciplinar para investigar o caso no âmbito administrativo.
O que diz a PMTO
Referente à informação de que uma aluna do Curso Tático Policial Feminino, realizado na Polícia Militar do Ceará, teria sido agredida por um instrutor Policial Militar do Tocantins, durante atividades do curso, a Polícia Militar esclarece que:
1 – A supervisão do referido curso coube exclusivamente à instituição Promotora do evento, a qual, inclusive já está apurando os fatos devidamente;
2 – Ao tomar conhecimento das informações por meio da imprensa, entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Governo do Estado do Ceará, solicitando toda a documentação existente sobre caso, para avaliação.
A Polícia Militar repudia veementemente qualquer desvio de conduta e/ou excesso direcionado a qualquer pessoa, praticado por policial em razão da função ou fora dela e reafirma seu compromisso com a ética, a transparência e o respeito aos direitos humanos.