da Redação
Segundo apontado no inquérito, o nascimento da criança ocorreu em um hospital da Unimed, em Gurupi, porém, em razão de complicações, a mesma foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva daquela unidade, aos cuidados da médica Rosangela Maria da Silveira, no entanto, mesmo com raio-X que indicava um pneumotorax, o diagnóstico somente ocorreu no dia seguinte, resultando em significativa piora no quadro clínico, sendo necessário o encaminhamento à Palmas, cuja remoção ocorreu através de uma UTI móvel da empresa Unicare, sob os cuidados do médico Sebastião Lacerda Lopes Junior.
Durante a remoção, familiares relataram que não foi mantida saturação de oxigênio suficiente na criança, a qual deu entrada no Hospital dona Regina, em Palmas, com sinais vitais extremamente baixos, vindo a óbito no dia seguinte.
Segundo as investigações, ocorreu adulteração criminosa na ficha de remoção do paciente da UTI móvel da Unicare, visando alterar os índices de saturação de oxigênio de 60% para 80%, cuja fraude foi comprovada após realização de perícia no documento em questão.
O inquérito concluiu que a morte da criança ocorreu em virtude de um somatório de erros que poderiam ter sido evitados pelos médicos, caso adotassem todos os meios que estavam ao seu alcance para evitar o resultado ou diminuir suas consequências.
Dessa maneira, a Polícia Civil indiciou a médica Rosangela Maria da Silva por crime de homicídio culposo e o médico Sebastião Lacerda Lopes Junior por homicídio culposo e falsidade ideológica. A justiça já aceitou a denúncia e os acusados serão citados para responder as acusações.