Candidata forte, mas decepcionada com o resultado dos votos obtidos em Gurupi na última eleição, a deputada Josi Nunes (PROS) afirmou ao Portal Atitude que saiu do cenário político para retornar e dedicar aos estudos e a profissão como professora de psicologia na UnirG depois de perder 10.915 votos em Gurupi em relação as eleições de 2014 com a de 2018. Apesar do seu desinteresse pela política devido a queda na votação, nos bastidores a ex-deputada tem sido assediada por várias lideranças estaduais e federais.
por Wesley Silas
Quando exerceu o cargo de deputada na Câmara Federal, Josi Nunes (PROS) foi quem mais destinou emenda parlamentar para Gurupi em todas as áreas, em especial na saúde e pavimentação e a candidata que mais visitou os eleitores da Capital da Amizade; mas, mesmo fazendo parte de uma família tradicional na política gurupienses, os eleitores não perdoaram a deputada por ela ter votado sim pela Reforma da Trabalhista e ainda ficou no prejuízo após romper com o prefeito Laurez Moreira. Josi Nunes perdeu para o novato vereador Eduardo Fortes (PSDB) que recebeu 11.566 (31,17%) votos. O curioso foi que o PSDB de Fortes também apoiou a Reforma e deputados eleitos como Dorinha Seabra (DEM) Gaguim também votaram sim pela Reforma, mas não foram penalizados pelos eleitores.
“Temos muitos nomes em Gurupi. Eu não serei candidata. Estou investindo na minha profissão de psicóloga. A votação que tive em Gurupi foi muito baixa, não dá para pensar em Prefeitura com o resultado que eu tive”, disse a ex-deputado, hoje professora da UnirG.
Nas eleições de 2014, a ex-deputada Josi Nunes (ex-MDB hoje PROS) foi eleita a deputada federal com 43,06% dos votos dos gurupienses, representando 17.017 votos e o segundo mais bem votado foi o advogado Walter Júnior (hoje MDB) que recebeu 6.966, representando 17.63% dos votos válidos em Gurupi. O restante dos votos foram pulverizados entre o deputado Gaguim, Irajá Abreu, Pastor João Campos e Freire Jr.
No entanto, nas eleições de 2018 a situação inverteu para a ex-deputada Josi Nunes (PROS) causada por uma enxurrada de críticas nas redes sociais e no boca a boca das ruas e o resultado foi redução de votos para apenas 6.102 votos (16,44), deixando assim região sul mais órfã de representatividade.
A queda de 10.915 votos em Gurupi entre as eleições de 2010 e 2014, renderia para ela 42.425 votos, e se entrasse na legenda a elegeria ou certamente a deixaria na primeira suplência.
A saída da ex-deputada da disputa e de Oswaldo Stival (PSDB) que também sinaliza não disputar o processo eleitoral municipal em 2020, favorece novatos da políticas que crescem ano após ano, como Gutierres Torquato, Gleydson Nato, Eduardo Fortes, Kita Maciel (PSB) Edinho Fernandes que no resultado das urnas de 2018 ficaram nas suplências de suas coligações. Tem também o jovem Adailton Fonseca (PR) que deverá ser experimentado nas urnas de 2020 com apoio da classe empresarial e o ex-vereador Dr. Maurício Nauar, os vereadores Valdônio Rodrigues (PSB), Sargento Jenilson (PRTB) e o atual presidente da Casa, Wendel Gomides (PDT).
Mas, como diz os japoneses, para disputar uma eleição com chances de vitória o candidato terá que ter os “três ban”: Jiban (influência classista e base eleitoral), Kanban (nome forte com o eleitor) e Kaban (muito dinheiro).