As pautas das Sessões da Câmara Municipal de Gurupi continuam recheadas, não apenas de Indicações, Requerimentos e Moção de Aplausos; mas, de denuncias negativas que a cada dia enfraquecem a imagem da Casa de Lei. Nesta terça-feira, 21, o assunto foi uma Carta de Indignação anônima distribuída em todos os gabinetes, envolvendo suposto repasse de parte do salário do Ouvidor da Casa para um dos vereadores, que negou com uma Nota de Repúdio
Não precisa passar muito tempo na Câmara Municipal de Gurupi para observar a desconstrução da imagem de alguns dos membros da Casa. Será que há alguma conspiração?
Um dos fatos que mais chamou a atenção no começo da atual legislatura foi a contratação da Empresa Emporio A&C Eirele-ME, representada por Chelmo Eugênio Mendes, para locar 13 veículos para os vereadores. Além do preço cobrado, segundo o vereador sargento Jenilson (PRTB), na declaração de capacidade técnica, a empresa apresentou a locação de um veículo de som volante (Mini Trio Chevrolet D40) para anúncios institucionais do município de Pium.
Após denúncias no Ministério Público de Contas e no Ministério Público Estadual, somado aos desgastes com a opinião pública, a empresa Empório A&C Eirele-ME comunicou no dia 10 de março ao pregoeiro da Câmara de Gurupi, via Oficio, a desistência do processo licitatório.
Dentre as alegação, a Emporio A&C Eirele-ME afirma que alguns vereadores teriam tentado denegrir sua imagem ao “mostrar para sociedade (via mídia), que o presente certame foi ‘imoral’, mesmo tendo sido pautado nos princípios da legalidade, publicidade, dentre outros”. Disse ainda que a empresa é sólida e com “capacidade técnica incontestável” tanto na área de Locação como de Construção e Eventos. “Não trabalhamos com acordo, ‘propinas’, ‘suborno’, nem muito menos com vantagens a quem quer que seja”, considerou a empresa.
Pintura da Casa
Nos bastidores, a contratação da mesma empresa no valor de, aproximadamente, R$ 60 mil, para fazer a reforma do prédio da Casa (pintura) promete desdobrar em outro estrago na imagem de alguns membros da casa e de fora dela.
Envelope amarelo
Como se não bastasse, o assunto da Sessão desta terça-feira, 21, foi uma carta anônima espalhadas nos 13 gabinetes dos vereadores (LEIA AQUI). O fato foi antecipado e citado pelo próprio presidente da Casa, Valdônio Rodrigues. Segundo ele, por volta das 9h da manhã da segunda-feira, os 13 vereadores teriam recebido, via Sedex, um envelope amarelo com denúncias de extorsão, o envolvendo ele, juntamente com o Ouvidor Geral da Casa, Matheus Ribeiro Brandão. Na carta o anônima, supõe que há três meses o ouvidor repassava parte do salário (R$ 1 mil), dos R$ 3.510,00 que ele recebia, para o presidente da Casa. Logo após a denúncia o servidor redigiu uma Nota de Repúdio (LEIA AQUI) negando tal prática envolvendo ele e o presidente da Casa.
No entanto, nos corredores da Casa, as informações são que as cartas denuncias teriam sido redigidas por dois ex-vereadores da Casa. Ainda durante a Sessão foi sugerido por um dos vereadores a abertura de um processo administrativo para apurar a situação que envolve o caso.