Por Wesley Silas
Na medicina o desfibrilador é um aparelho usado para reanimar paciente para fazer o seu coração funcionar. Na política pode ser usado como metáfora e, um pedido de impeachment, como o do governador afastado, Mauro Carlesse (PSL), que caminha para ser sacramentado, caso não houver alguma decisão do Poder Judiciário, restará nos últimos suspiros pedir sua renúncia para permanecer elegível e disputar a eleição deste ano nos parlamentos estadual ou federal.
Na leitura do parecer, o relator, deputado Júnior Geo (PROS), citou diversos pontos levantados pelas investigações da Polícia Federal e pela Procuradoria-geral da República, durante as operações Éris e Hygea. Ele considerou que governador afastado Mauro Carlesse teria interferido em investigações da Polícia Civil e promoveu um “elaborado esquema de recebimento de propina” no âmbito do Plansaúde – plano de saúde dos servidores públicos.
Próximos passos:
Após a aprovação do parecer começa a fase do processo que levará a votação em plenário. A Comissão Especial deverá publicar o relatório no Diário da Assembleia Legislativa e após 48 horas, da publicação, a matéria é incluída na pauta da próxima sessão ordinária.
A próxima sessão ordinária da AL deverá ser na terça-feira (8). O parecer será lido pelo relator, discutido e submetido à votação. Para ser aprovado, são necessários votos de dois terços dos deputados, ou 16 votos, em dois turnos de votação.
Se o processo for aprovado nesta fase, o presidente da AL emitirá o Decreto Legislativo que afastará o governador Mauro Carlesse por 180 dias.
Depois será formada uma comissão julgadora, com cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça. Será esta comissão que decidira pela cassação ou não do mandato de Carlesse.
Com informações do G1