Na noite da quarta-feira, 29, o candidato ao governo do Tocantins, César Simoni (PSL) disse que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) a presidente da República foi um dos motivos que ele resolver entrar na disputa ao Governo do Tocantins. “O que temos na história é que os contratos eivados de vícios e leva-se muito tempo para pagar o empresário e anos depois quando vai receber ele dá quitação de 100 e recebe 50 e isto vai acabar comigo”, disse Simoni.
por Wesley Silas
O candidato César Simoni foi o quarto a ser ouvido na rodada de conversa que a ACIG juntamente com a CDL estão promovendo nesta semana no debate sobre os desafios para o desenvolvimento econômico da região sul do Tocantins.
Por ser novato na política, Simoni não é um nome pouco conhecido dos tocantinenses, apesar de já ter atuado como secretário de Segurança Pública no governo de Marcelo Miranda e tem em seu currículo passagem pelo Exército Brasileiro como oficial da Reserva, atuou por 10 anos na Polícia Federal e se dedicou por 27 anos no Ministério Público do Tocantins.
Apesar da tímida presença dos empresários e da comunidade Simoni falou sobre seu projetos e em entrevista ao Portal Atitude ele defendeu a importância da segurança política e jurídica para garantir desenvolvimento ao Tocantins.
“Os últimos três mandatos de governador não conseguiram terminar e esta situação provoca insegurança jurídica para os investidores e uma série de dificuldades para o Estado. Quem vem investir no Tocantins precisa saber que ele vai firmar o contrato com o governador e este governador é quem vai honrar o compromisso. O que está acontecendo é que desde o mandato de 2006 nós não temos um governador que termine seu mandato e nós pretendemos mudar esta história e dizer para quem vem investir aqui que o Tocantins é um lugar seguro para trazer os investimentos para criar emprego e renda”, disse.
“O empresário quer segurança jurídica, saber que ele vai contratar com o Estado e vai receber no prazo e não vai ser exigido dele propina. O que temos na história é que os contratos eivados de vícios e leva-se muito tempo para pagar o empresário e anos depois quando vai receber ele dá quitação de 100 e recebe 50 e isto vai acabar comigo”, completou
Segundo ele o governo do Estado deve preocupar com as obras de responsabilidade do Estado e as obras de competência da União como a duplicação a BR-153 e ferrovia Norte Sul cabe ao Governo Federal.
“Eu tenho conhecimento que existe um projeto federal de um multimodal aqui em Gurupi e aquilo que for de competência da União pouco ou nada o Governo Estadual poderá fazer, mas o governo poderá participar na infraestrutura e trazer recursos para que os investidores de Gurupi possam ter suas rendas e investimentos”, disse.
Ele afirmou que sua candidatura não é um projeto pessoal, mas de estado e ele teve como inspiração a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro.
“Eu decidi me candidatar porque não tenho projeto pessoal, o meu projeto é de Estado e quando o Bolsonaro se dispôs a colocar o nome dele a presidência da República em razão da situação em que o Brasil se encontra, eu me achei no dever de também colocar o meu nome porque se as pessoas não ocuparem os lugares que hoje estão sendo ocupados por pessoas que não são tão de bem este Brasil não muda. Então nós precisamos sair da zona de conforto e dizer que estamos aqui para contribuir com a nação”, disse.
A reportagem do portal Atitude questionou o candidato se ele não se sentia prejudicado por ter participado do governo de Marcelo Miranda que foi cassado por Caixa dois.
“A Secretaria de Segurança pública pelas próprias palavra do atual governador foi a secretaria que ele pegou em melhores condições. Então, o nosso trabalho foi feito e eu fiz um trabalho técnico eu não vi corrupção porque eu não tinha tempo para ficar olhando para janela dos outros porque eu tinha que cuidar da minha pasta e isso eu fiz e do então governador Marcelo Miranda eu recebi apoio e autonomia para trabalhar”, explicou.
LRF, folha de pagamento e capacidade para investimentos
A reportagem questionou o candidato sobre suas propostas para o enxugamento da folha de pagamento que no atual momento extrapola o índice da LRF e sobre a falta de capacidade de investimento do Estado que hoje encontra-se com apenas 1%.
“Eu não acredito que a responsabilidade desta questão do Estado se [gasto] com pessoal e eu sou contra a demissão comissionados e contratados porque não é este o problema. Os comissionados e contratados oneram a folha de pagamento em R$ 15% e o que precisa fazer é parar com a roubalheira e no momento que nós estancarmos os 30% de propina os 1% para investimentos hoje será 31% de investimento no ano que vem”, disse.