A senadora considerou os “velhos calos” que incomodam há anos os tocantinenses obras inacabadas como a do Hospital Geral de Gurupi que, segundo ela colocou R$ 47 milhões em 2012 e apenas R$ 12 milhões foram usados, peso da política tributária fiscal do Estado, pequenos gargalos como a falta de estradas vicinais nos assentamentos, o descaso na regularização fundiária, como é o caso da Vila São Miguel na cidade de Peixe que espera há quase 30 anos. “Estamos em um grande navio com 1,5 milhões passageiros (habitantes), que precisam de comando, de pulso para saber de qual ponto sai e qual vai chegar”, disse.
por Wesley Silas
Em pronunciamento do plenário do senado, na quarta-feira, 07, a senadora e pré-candidata ao governo do Tocantins Kátia Abreu (sem partido) falou sobre as visitas as 64 cidades do Tocantins que tem feito desde março de 2017 para ouvir representantes dos mais variados segmentos.
“Estive numa busca ativa de ideias e de gargalos que estão há muitos anos incomodando as pessoas como se fosse àquele calo no cantinho do dedo mindinho que há anos fica doendo e é uma coisa simples de resolver e passam anos e décadas e a política não consegue resolver”.
Governar com simplicidade
Para a senadora os próximos governos poderiam se dedicar a uma gestão simples para tirar “os velhos calos” incomodam há vários anos. Em seus dados 19% da população do Tocantins vive no campo em situação de abandono ganhando R$ 500,00 por mês.
“Clamam por regularização fundiária, como é o caso da Vila São Miguel na cidade de Peixe que há quase 30 anos estão com toda documentação organizada não tem o Incra para fazer uma simples vistoria para titular o povo de São Miguel como tantos assentamentos nos municípios do Estado”, disse.
Discurso idêntico a este ela falou durante uma reunião com empresários em Gurupi no final do mês de janeiro quando defendeu um “governo mais simples com mais efetividade” dentro de um formato real da população e alfinetou as propostas de opositores, Carlos Amastha (PSB) e Ronaldo Dimas (PR).
“Eu acredito no sucesso de um governo mais simples, sem luxúria, sem exibicionismo com os pés no chão. Os projetos mais simples são aquilo que mais incomoda as pessoas, pois quanto tempo que falamos de estradas vicinais que não prestam, que clamam por licença ambiental e pela seca no Tocantins”.
“Não são obras faraônicas, não são coisas do outro mundo, não é nenhuma Disneylândia que vai ser construída em Palmas e nem transformar o Jalapão num Cassino de Las Vegas”, disse a senadora.
Economia
Mudanças na política fiscal e tributária também foi defendida pela senadora no Plenário do Senado. Ela também criticou a diferença de alíquota do ICMS com os estados do Maranhão e Goiás.
“Com esta política tributária e fiscal ela afasta o emprego e afasta os empresários. O imposto é importante, mas não pode tirar o sangue do cidadão, o suor ainda nós suportamos, mas quando começa a tirar o sangue morremos à mingua e fechamos as nossas empresas”, disse.
“No Tocantins são 55% de pessoas na pobreza ou na extrema pobreza que são números vergonhosos”.
Saúde
Segundo a senadora, em suas andanças ela chegou a conclusão que um dos principais clamor dos tocantinenses envolve a saúde pública, pois segundo ela existem 5.586 pessoas esperando por tratamento nas mais variadas áreas da medicina como cirurgias de hérnias, cataratas e ortopédicas. Ela também criticou a demora da construção do Hospital Geral de Gurupi.
“As obras do Hospital Regional de Gurupi, terceira cidade maior do Estado, que eu levei R$ 47 milhões para o Tocantins em 2011, gastou R$ 12 milhões e desde 2012 tem R$ 35 milhões na conta para construir o Hospital, mas as obras estão paradas há três anos, sem a menor satisfação pelo Governo do Estado”, disse.
Em todas as suas apresentações, a senadora tem mostrado conhecimento econômico-social do Estado. Para ela as mudanças no cenário econômico e social do País só acontecerão com um projeto de Estado.
“O Brasil não tem um projeto de Estado, os estados não têm um projeto de Estado e o Tocantins não é diferente e estamos trabalhando para que um projeto de desenvolvimento que demonstre aos cidadãos tocantinenses que nós sabemos aonde estamos e onde queremos chegar. Estamos em um grande navio com 1,5 milhões passageiros (habitantes), que precisam de comando, de pulso para saber de qual ponto sai e qual vai chegar”, disse no plenário do Senado.
Um discurso que ela também defendeu na sua última vinda a Gurupi que terá o seu apoio, independente da sua candidatura ou não.
“É um projeto que não tem nome. É um projeto que tem que ser o Estado do Tocantins e eu tenho conversado muito, trabalhado muito para que alguém comprometida possa se eleger e eu me acho comprometida e vou lutar para me eleger, mas se alguém tiver os mesmos propósitos eu vou aplaudir e entregar o meu projeto para ele com o maior prazer”, disse.