Em resposta o senador respondeu críticas recebidas nas redes sociais sobre a votação ocorrida na terça-feira, 17, no Plenário do Senado que rejeitou medidas cautelares do STF que havia afastado do mandato e determinado o recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
por Wesley Silas
“Rede social é assim mesmo, um espaço aberto pro debate, pra críticas, opiniões. Um espaço para quem não tem medo de defender suas ideias. Entendo a indignação e a descrença crescente com a classe política, diante de tantos escândalos. O brasileiro de bem não suporta mais o corporativismo e a impunidade. Quem tem culpa no cartório tem que ser punido de forma exemplar, concordo integralmente. Isso não quer dizer, no entanto, que podemos atropelar a Constituição, para apressar um processo que já corre na Justiça”, justificou o senador.
Na votação de ontem foram 44 votos contra e 26 a favor das medidas cautelares impostas pela Primeira Turma da Corte. Do Tocantins, votaram contra os senadores Vicentinho Alves (PR) e Ataídes Oliviera (PSDB). A senadora Kátia Abreu votou a favor da medida imposta pelo STF.
“O que estava em questão, na tarde de ontem, não era o voto contrário ou favorável a Aécio Neves. Meu voto foi SIM à Constituição, ao equilíbrio e independência entre os poderes da República, à segurança jurídica, à democracia. O senador Aécio será julgado no tempo devido. Pela Justiça e pelo Conselho de Ética do Senado”.
De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, a decisão do Plenário tem efeito imediato e foi comunicada ao STF nesta quarta-feira (18). Com isso, Aécio Neves, que estava afastado temporariamente do mandato desde 26 de setembro, já está de volta ao exercício do cargo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o senador por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base em delações premiadas do grupo empresarial J&F. Ele foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista.