Por Wesley Silas
Caso parte dos 20,15% dos eleitores de Palmas que se abstiveram no primeiro turno sejam convencidos a votar no segundo turno, eles poderão ser fundamentais para a vitória de Janad ou de Eduardo. No primeiro turno, a diferença entre os dois foi de apenas 6,8% em uma disputa acirrada, na qual Janad obteve 62.126 votos (39,22%) e Eduardo 51.344 votos (32,42%), enquanto Júnior Geo conquistou 44.326 votos (27,99%).
No segundo turno, o grande desafio para a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), principal adversária política da candidata Janad Valcari, será transferir os votos de Júnior Geo para Eduardo Siqueira Campos (PODE). Isso é visto como uma tarefa complicada, considerando os eventos políticos marcantes do estado, como na eleição para governador em que o ex-governador Siqueira Campos (in memoriam) não conseguiu transferir votos para Sandoval Cardoso em 2014, e outros exemplos recentes; como as duas vitórias de Carlesse: em 2018, na eleição suplementar, Carlesse venceu com 75,14% dos votos válidos contra os 24,86% do experiente e tradicional Vicentinho Alves, sendo Carlesse posteriormente reeleito em uma disputa contra Carlos Amastha. No cenário municipal, destaca-se a vitória de Carlos Amastha em 2012 contra Marcelo Lelis, em um palanque que contou com as principais lideranças do estado, e a vitória do médico Alexandre Abdalla em 2008 contra a atual prefeita Josi Nunes, que neste ano venceu o grupo do experiente vice-governador Laurez Moreira (PDT).
Neste contexto de intensa atividade nas redes sociais, os eleitores estão mais informados, seja para o bem ou para o mal, e a transferência de votos não pode ser presumida. Nenhum dos dois candidatos está sob a alçada automática de lideranças influentes, em um cenário onde não se pode ignorar, repito, o fato de que parte dos 27,99% dos votos de Geo possa estar indecisa. Além disso, ainda se deve considerar os 20,15% dos eleitores de Palmas que se abstiveram no primeiro turno…