Por Wesley Silas
No Tocantins, a senadora Professora Dorinha (presidente estadual do União Brasil) e o deputado Vicentinho Júnior (presidente do Progressista) expressaram interesse em disputar o governo estadual e uma vaga no Senado, respectivamente. Vicentinho Júnior conta com o apoio do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), em sua candidatura ao Senado, cujo assento atualmente é ocupado por Irajá Abreu (PSD) e Eduardo Gomes (PL), vice-presidente do Senado. Essa movimentação política pode resultar em três candidaturas ao governo estadual: a do vice-governador Laurez Moreira (PDT), a do presidente da Assembleia, Amélio Cayres (Republicanos), e a da senadora Professora Dorinha.
No cenário político brasileiro, o União Brasil enfrenta desafios significativos para consolidar uma federação com o Partido Progressista (PP). Um dos principais obstáculos é a situação no estado de Goiás, onde Ronaldo Caiado, governador e membro do União Brasil, se prepara para lançar oficialmente sua candidatura à Presidência da República no próximo dia 4 de abril, em Salvador.
Embora o União Brasil precise ainda abordar algumas questões internas, como o apoio condicional de Jair Bolsonaro à candidatura de Caiado, o PP, liderado por Ciro Nogueira, se mostra propenso ao avanço da federação. As negociações estão perto de serem finalizadas, e a expectativa é que o anúncio oficial ocorra até o final de abril, de acordo com a alta cúpula do PP.
Se concretizada, a federação entre PP e União Brasil poderia formar a maior bancada na Câmara dos Deputados, fortalecendo o Centrão no Congresso com a possibilidade de alcançar até 108 deputados. No Senado, o grupo também se destacaria com 13 senadores, entre eles Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da Casa.
O tamanho da bancada na Câmara dos Deputados é crucial para a definição do fundo eleitoral dos partidos. Atualmente, o Partido Liberal (PL) detém a maior bancada, com 92 deputados. Caso a federação se formalize ainda neste ano, União Brasil e PP pavimentarão o caminho para obter a maior parcela dos recursos eleitorais em 2026.